quarta-feira, 7 de março de 2012


A vida dura do missionário no Vietnam


“Ser missionário no Vietnam é espinhoso. Além do problema da língua, há perseguição por parte do governo que dificulta nosso trabalho. Agora mesmo fomos obrigados a sair de nossa aldeia e viver em Hanoi, a Capital do país. Outro problema é o visto que tem que ser renovado a cada três meses”. Assim se expressou o issionário marista, Ir. Canisio, gaúcho e São Vendelino-RS, que trabalha o Vietnam, desde 2008.


Sentindo-se vocacionado para uma Missão Marista Ad Gentes, Ir. Canísio destaca que a Asia é o continente onde trabalham maristas de todo o mundo. Mas as dificuldades são muitas: imersão na cultura e tradições locais, tanto da sociedade como da Igreja; fazer história com eles e a partir deles. A comunicação é um grande desafio, tanto a língua do país, como também em relação à comunidade marista internacional. Existe tensão entre o sonhar e o concretizar ações; deseja-se realizar projetos com os mais pobres, mas obter a permissão das autoridades locais pode representar uma longa espera... Além disso há também a dificuldade em obter o visto de permanência no país. Para tanto, exige-se abnegação, flexibilidade e paciência; confiança na Providencia Divina e na certeza de que Maria nos conduz e protege nessa missão; total imersão na missão, é preciso fortalecer o senso comunitário e aprender a aceitar (acolher) fatos inesperados ao longo do caminho. Acreditar, ter esperança e alargar a visão da presença e da missão Marista na Ásia, mesmo vendo que há portas que se fecham, é possível ver que há outras que se abrem. Para o Ir. Canísio, estar em missão na Vietnam significa fazer parte da história dos mvietnamitas fortalecendo o espirito de esperança e solidariedade. O futuro da missão depositamos nas mãos de Maria, pois Ela nos conduz por caminhos desconhecidos. Cabe a nós ser persistentes, fazer o esforço de implementar alguns projetos sociais. Entretanto, a presença de futuros Irmãos Maristas e leigos vietnamitas será determinante para concretizar o Carisma Marista de acordo com as necessidades locais. Por isso buscamos acompanhar os vocacionados e leigos vietnamitas. Apesar das limitações e da presença discreta, estamos buscando caminhos de diálogo e cooperação com a Igreja, autoridades e ONGs locais para trabalharmos em parceria, dando -nos as mãos, em meio a diversidade social, politica e religiosa.


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